“O professor não é um colaborador, mas um profissional”, sustenta Antônio Nóvoa em palestra promovida pelo CFP

Foto: Daniel Gallo

Por Coryntho Baldez

O catedrático e reitor honorário da Universidade de Lisboa, Antônio Nóvoa, proferiu, na noite de 13 de julho, no Salão Nobre do Centro de Ciências Matemáticas e da Natureza (CCMN/UFRJ), a palestra Formação Docente no Século XXI: Desafios de uma Profissão.

Promovido pelo Complexo de Formação de Professores (CFP), o evento reuniu quase 100 licenciandos e professores da Universidade e da rede pública, além de centenas de internautas que acompanharam a palestra pela internet.

Mais do que uma aula, Nóvoa – que tem o título de Doutor Honoris Causa da UFRJ – alertou no início que faria “algumas provocações” para pensar a formação docente na atualidade.

Uma delas é a ideia do chamado “terceiro espaço”, central em suas formulações, que, segundo ele, ajudaria a superar o pensamento historicamente dicotômico e binário presente na educação.

Citando o educador Jorge Larossa, Nóvoa também “provocou” a plateia ao apresentar uma curiosa e instigante lista sobre o que o professor não é.

O professor não é um iniciador, não é um colaborador, não é um mediador, não é um facilitador, não é um amigo, não é um guia e não é um gestor, entre outros atributos negativos.

Em seguida, disse que “o professor é um professor” e que “o professor é um profissional”, redundâncias ou obviedades apenas aparentes.

“Todos sabemos disso? Não tenho certeza. A indústria da educação não está justamente a destruir a profissionalidade do professor quando recruta colaboradores em vez de professores?”, indagou o docente do Instituto de Educação da Universidade de Lisboa.

Para assistir a palestra completa de Antônio Nóvoa, acesse o canal do Complexo no Youtube.


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