Casa Comum: encontro na Prefeitura reforça diálogo com escola básica
Por Coryntho Baldez
Foto de abertura: A coordenadora do CFP, Carmen Gabriel, fez uma exposição sobre o Casa Comum elogiou a representatividade da reunião (Crédito: Edson Diniz)
O projeto Casa Comum entrou em nova fase. Fruto de parceria do Complexo de Formação de Professores (CFP) com a Secretaria Municipal de Educação (SME/RJ), ele prevê um leque variado de ações formativas de diferentes modalidades em escolas da rede básica.
Um expressivo encontro na sede da Prefeitura, em 7 de abril, reuniu 40 pessoas – entre gestores de escolas, coordenadores de projetos da UFRJ e representantes da SME/RJ e do CFP – para alinhar as ações de formação às demandas das 12 unidades escolares que integram o convênio Casa Comum.
Durante a reunião, após breve exposição dos coordenadores, criaram-se grupos de projetos por afinidade temática. Esses grupos foram percorridos pelos gestores interessados em conhecer melhor as propostas formativas e implementá-las nas escolas que compõem o Casa Comum.
Ao final, cada um dos gestores saiu do encontro com uma lista de projetos compatíveis com as especificidades e as demandas das suas unidades, que estão distribuídas em diferentes bairros da cidade, do Leme à Pedra de Guaratiba.
Representante da SME: “Encontro foi virada de chave”
Álvaro Chianelli, assistente da Coordenadoria de Ensino Fundamental da SME/RJ, afirmou que o encontro foi bastante representativo para a implantação do projeto Casa Comum.
Para ele, ao reunir representantes das escolas, universidade e Secretaria de Educação, o encontro ilustrou de maneira clara a ideia “do que a gente chama de casa comum”.
“Ali ficou de fácil visualização que construir uma casa comum significa abrigar, dentro de uma mesma concepção de espaço, diferentes instituições que estão em busca de um mesmo propósito, que é a qualidade da educação, nesse caso, carioca”, sublinhou.
Chianelli classificou o encontro como crucial ao alinhar os objetivos comuns das instituições e promover “uma virada de chave para entendermos que todos nós habitamos esse espaço de interseção e de integração com um propósito maior”.
Embora considere que sempre houve aproximação entre a universidade e a escola básica, o representante da SME/RJ disse que, em algum momento, faltou fazer com que “os olhares se voltassem a um mesmo ponto”, aquele que liga a teoria à prática.
Hoje, ele considera que o Casa Comum propõe ligar os pontos que formam essa grande rede que é a educação brasileira e, em particular, a carioca.
“Isso faz com que resgatemos e olhemos para o que nos aproxima cada vez mais, que é buscar as lacunas que preenchem o espaço que se forma entre teoria e prática”, sustentou.
Para Chianelli, essas duas dimensões precisam estar interligadas: “O Casa Comum recupera esse vácuo na medida que o projeto se propõe a ter uma horizontalidade entre educação básica e educação superior”, concluiu.
Casa Comum: espaço de troca
A coordenadora do Complexo, Carmen Gabriel, manifestou a sua alegria pela representatividade do encontro e falou sobre a importância do projeto Casa Comum.
“É uma novidade no campo da educação a proposta de uma aproximação entre a universidade pública e as escolas básicas a partir de relações mais horizontalizadas e democráticas”, assinalou.
Carmen acrescentou que o CFP propõe a construção de um terceiro espaço – um “comum” – onde se trocam saberes e práticas inovadoras e se fortalece a formação docente a partir do reconhecimento da necessidade da profissionalização docente.
Em seguida, Joaquim da Silva, membro da Coordenação do CFP e assessor da Pró-reitoria de Graduação (PR-1), apresentou a estrutura de funcionamento do Complexo e a ideia da criação de uma rede colaborativa entre as instituições de ensino superior e as escolas básicas.
Ele ressaltou, ainda, a importância histórica do encontro e as possibilidades que poderá abrir para fazer avançar a parceria entre a UFRJ e a SME/RJ.
Intensificar reuniões nas escolas
Como próximo passo, a equipe da Coordenadoria Interinstitucional fará um trabalho de articulação entre as propostas formativas e as escolas para que ocorram visitas e reuniões nas próprias unidades.
A ideia principal, nesse segundo momento, é justamente conversar e acertar os detalhes do funcionamento das ações formativas nas escolas que participam do Casa Comum.
(Com informações de Edson Diniz, coordenador da Coordenadoria Interinstitucional do CFP)