A escola como espaço comum de formação: o olhar de docentes da educação básica
Por Coryntho Baldez
Foto: Salão do CBAE/UFRJ, ao qual a Cátedra Anísio Teixeira de Formação de Professores do CFP está vinculada. (Crédito: CBAE Comunica)
A Cátedra Anísio Teixeira de Formação Docente, vinculada ao Complexo de Formação de Professores (CFP), dando continuidade à sua agenda de trabalho, promoveu, em 23 de junho, a Roda de Conversa A Escola Pública como Espaço Comum de Formação de Professores, na sede do Colégio Brasileiro de Altos Estudos (CBAE/UFRJ).
As expositoras foram Carina Freire da Fonseca Millen Correia, professora do município de São Gonçalo (RJ) e mestre em educação pela UFRJ, e Beth Diniz, professora de educação básica do Colégio Pedro II (CP II) e mestre em educação pela mesma instituição.
Transmitido pelo canal do CBAE/UFRJ no Youtube, o debate foi mediado por Andreza Berti, diretora adjunta de Licenciatura, Pesquisa e Extensão do Colégio de Aplicação (CAp/UFRJ). Segundo ela, o evento inaugura um ciclo de rodas de conversa com o objetivo produzir conhecimentos por meio da articulação entre diferentes sujeitos e experiências institucionais.
Após as boas-vindas da diretora do CBAE/UFRJ, Célia de Castro, a mediadora do debate, que também é integrante do Comitê Gestor do CFP, reafirmou o propósito da cátedra.
“A iniciativa visa fortalecer o debate sobre a formação inicial e continuada de docentes da educação básica no âmbito do Complexo, a partir da parceria entre universidade e escola pública”, sustentou.
“O Comum como princípio político”
Andreza lembrou que o CFP realizou o seu encontro inaugural , em 21 de maio, com a palestra Construir Comuns como Estratégia Política de Formação Docente, proferida pela coordenadora do Complexo, Carmen Gabriel.
Ela frisou que o conceito de Comum, “entendido como um princípio político e democrático, circunscreve-se em uma certa experiência no mundo, que está, ou deveria estar, disponível para qualquer um que circula, desloca-se e abre-se para o mundo”.
Segundo a docente, ao nos envolvermos com algo para além das nossas individualidades, somos capazes de outorgar potência às coisas do mundo e, com isso, “comprometermo-nos com o mundo, com o comum, com o mundo em comum”.
Na escola pública, acrescentou, quando todos têm acesso a um bem comum e o compartilham, “percebe-se o compromisso com o comum colocado igualmente na presença de todos e de todas”.
É precisamente por seu compromisso com todos e qualquer um que escola e universidade se encontram hoje para dialogar, disse Andreza, referindo-se à articulação necessária entre elas para pensar a formação inicial e continuada de professores.
Veja as palestras das professoras Carina Correia e Beth Diniz.