Programa federal aprova verba de R$ 9 milhões para UFRJ montar espaços de inovação em 90 escolas públicas
Por Coryntho Baldez
Foto: Site do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação. Crédito: Mauro Nascimento
O projeto submetido pela UFRJ para a Chamada Pública do Programa Mais Ciência na Escola, capitaneado pelo Complexo de Formação de Professores (CFP), teve seu financiamento aprovado e o termo de outorga deve ser assinado em outubro.
A UFRJ terá R$ 9 milhões para montar laboratórios maker (espaços de prototipagem e inovação para ideias e projetos) em 90 escolas públicas da Região Metropolitana do Rio de Janeiro e de Macaé e pagar bolsas para alunos e professores das escolas e estudantes das instituições de ensino superior vinculadas ao projeto – serão 90 bolsas de extensão por 12 meses.
Resultado da cooperação entre os ministérios da Educação (MEC) e de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), com execução do CNPq, o programa, lançado em julho de 2024, busca transformar a educação básica por meio da promoção de um futuro digital e científico inclusivo e inovador para todos os estudantes, no âmbito da educação integral.
A iniciativa do CFP/UFRJ conta com as parcerias externas do Instituto Federal do Rio de Janeiro (IFRJ), do Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca (Cefet/RJ) e do Colégio Pedro II, e com parcerias internas da Superintendência Geral de Ações Afirmativas, Diversidade e Acessibilidade (SGAADA), da Pró-reitoria de Graduação (PR1) e da Pró-reitoria de Extensão (PR-5).
Projeto reforça elo com secretarias de educação e parceiros
Coordenador do projeto, o professor Joaquim da Silva, que integra a coordenação do CFP e é assessor da Pró-reitoria de Graduação (PR-1) da UFRJ, ressaltou que a iniciativa é importante por vários motivos.
Primeiro, por estabelecer uma linha de ação com secretarias municipais e com a secretaria estadual de educação para a promoção de ações de formação de professores em temas relacionados à cultura digital, cultura maker e STEAM (um modelo que prevê a integração de conhecimentos de Artes, Ciências, Tecnologia, Engenharia e Matemática).
Depois, prosseguiu o pesquisador, o projeto alimenta e fortalece a parceria entre as instituições que compõem o CFP: a UFRJ, o IFRJ, o CEFET e o Colégio Pedro II.
Por fim, sublinhou que a iniciativa “agrega diversos professores e pesquisadores envolvidos em ações de extensão e de pesquisa relacionadas à formação de professores, incluindo aqueles que submeteram projetos ao edital Casa Comum, promovido pelo CFP em 2024”.
A equipe de cerca de 30 docentes das instituições de nível superior envolvidas no projeto abriu mão de receber bolsas para ampliar o apoio financeiro a estudantes de graduação.
O projeto atenderá milhares de alunos dos anos finais do ensino fundamental e do ensino médio e será uma oportunidade para, além de estreitar laços com as secretarias de educação e com as escolas, promover a formação de professores, a divulgação científica e a construção da identidade científica dos estudantes das unidades atendidas.
(Com informações do coordenador do projeto e membro do CFP, Joaquim da Silva)
